Meu Pós-Parto

Meu pós-parto achei mais difícil, eu sofri um pouco com o pós cirúrgico da Cesárea, achei bem desconfortável, principalmente na primeira vez que levantei da cama ainda no hospital, e não foi dor só na cicatriz cirúrgica que senti, também senti dores nos músculos do abdômem, além de desconfortos causado por gases, os desconfortos só foram melhorar após 10 dias, embora já tinha ouvido muitos relatos de pacientes minhas e amigas que relataram o pós da cesárea ser tranquilo, para mim não foi bem assim não. Cada mulher tem seu limiar para dor, o meu nesse caso foi baixo, até porque eu preferia o Parto Normal. Graças a Deus não tive inchaços, usei meia, fiz drenagem, utilizei um aparelho chamado compressor pneumático para prevenir trombose e consequentemente para prevenir inchaços também, mas para frente estarei postando sobre cada procedimento que realizei e indico para auxiliar nos desconfortos que podem ocorrer no pós-parto. Quem passa por uma Cesárea, precisa de muita ajuda, do marido dos familiares, porque a cirurgia limita bastante nos próprios cuidados e nos cuidados com o bebê. A única coisa boa é você saber que você está passando por isso pelo seu bebê que agora está com você, era o que eu pensava para superar a chatice que achei do pós-cirúrgico. Estou postando abaixo uma foto da minha pequena e gostosa, Rafaela com 7 dias de vida que foi bem no período da minha recuperação da cesárea.



AMAMENTAÇÃO


Ao contrário dos desconfortos ocorridos no meu parto pós-parto, amamentar pra mim foi um sucesso! Meu leite desceu antes de 72 horas. Não tive dor nas mamas, nem leite empedrado, tive uma leve dor no bico do seio do lado direito, suportável, onde usei pomada de lanolina e passou em 10 dias. Já havia atendido muitas pacientes que apresentaram problemas nas primeiras semanas de amamentação, eu sabia que também poderia passar por isso, mas sempre soube que paciência e persistência seriam fundamental para isso. Concordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) que o melhor método para preparar as mamas para a amamentar é tomar sol nas mesmas (de manhã até as 10 h e a tarde após as 16h), não fiz massagens, não usei pomadas (usei durante a amamentação), e usei concha com base rígida e furo pequeno a partir da 36º semana para aumentar o bico do seio que no meu caso era curto, mais para frente falarei sobre isso. Amamentar nos primeiros minutos de vida da Rafaela também fez toda a diferença, a pega correta foi feita nessa hora. Uma boa pega é fundamental para ter sucesso na amamentação. Contudo não precisei complementar, Rafaela mamou só no peito e até hoje não complemento (hoje ela está com 3 meses e meio). As pacientes me perguntam, mas só o colostro sustentou? sim! livre demanda até o leite descer, e olha que minha bebê nasceu bem gordinha e mamava muito bem, dava de mamar toda hora, nas primeiras horas o colostro é fundamental, além de alimentar imuniza o bebê, é a melhor vacina e ainda por cima natural e sem custo. Amamentar também me ajudou a voltar rapidamente no meu peso, em uma semana emagreci 7 kg dos 8 kg que engordei, em 10 dias emagreci os 8 kg e um mês depois emagreci 10 kg. Sem contar dos benefícios que amamentar proporciona para o bebê, entre eles nutricionais e aumento do vínculo mãe e filho, eu amo amamentar. Para as pacientes e puérperas que tem dificuldade e problemas com a amamentação, o ideal é procurar um serviço especializado de auxílio a Amamentação. Os cursos para casais grávidos também ensinam muita coisa sobre como amamentar. Abaixo uma foto da Rafaela mamando nos primeiros minutos de vida!



PÓS-PARTO (tardio)


Outra coisa que aconteceu comigo após 10 dias do meu parto devido aos hormônios e mudança de rotina, é que fiquei extremamente irritada, e com todos os motivos do mundo para estar feliz, me senti triste, não queria receber visitas e nem falar com ninguém, isso chama-se melancolia pós-parto ou blues puerperal, essa melancolia pós-parto está geralmente ligada a mudanças hormonais que acontecem três ou quatro dias depois do parto, quando os hormônios da gestação desaparecem e a produção de leite se inicia, no meu caso senti isso com 10 dias. Procurei ajuda da minha obstétra, senti necessidade de fazer uso de medicamento, que foi ótimo, "voltei ao normal" fiz uso da medicação até completar 40 dias de pós-parto a partir daí minha médica disse que eu não precisaria mais da medicação. E também após 40 dias voltei a realizar atividade física e isso também foi um tratamento. Acho importante falar disso porque muitas mulheres passam por isso e não entendem o porque e sentem-se culpadas e com vergonha de buscar ajuda já que é um momento que é para você estar feliz, principalmente quando ocorre tudo bem. Enfim é uma sensação horrível que precisa de auxílio de todas as partes (médico, familiares e amigos). Resolvido isso, após 60 dias passei por um procedimento cirúrgico para exterminar o HPV, minha preocupação além da preocupação da lesão poder ter invadido para o útero, era de ficar sem amamentar, mas deu tudo certo, amamentei quando internei e logo após a cirurgia, usei medicações e anestesia que não comprometeram a lactação. Após uma semana minha biópsia ficou pronta, e o resultado embora demorei para tratar é que não comprometeu o útero. Hoje só tenho agradecer a Deus por estar curada! Há um ano atrás descobri o HPV, os exames indicavam que talvez eu tivesse que retirar o útero para prevenir câncer de colo uterino, ou até mesmo fazer radioterapia, e uma fez comprometendo algum órgão, poderia se espalhar, só que ao mesmo tempo descobri a gravidez, não pude tratar, fiquei os nove meses completos de gestação e mais 60 dias para iniciar o tratamento e hoje posso ter outro filho se eu quiser, só não pude fazer o Parto Normal, até poderia, porém talvez de como fosse meu parto, se tivesse alguma lesão pelo parto, teria que esperar mais tempo para tratar (até cicatrizar)e achei melhor não correr risco nenhum, afinal não queria só curtir o parto e sim uma longa vida com a Rafaela.
(Rafaela com 10 dias)

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